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A nova MPB Talvez essa seja a grande discussão da música contemporânea nas últimas duas décadas. A conotação pejorativa adquirida dos últimos rótulos que habitam as rádios populares tais como o romantismo sertanejo, o forró universitário e o pagode “mauricinhoâ€, colocou em xeque uma série de reflexões acerca do futuro da música popular brasileira. Mas felizmente no meio dessa tragédia que assola o meio artÃstico, muita gente continua se preocupando com coisa séria. Um exemplo disso é a Trama, que tem investido em novos talentos no mesmo instante em que resgata os maiores Ãcones da nossa gloriosa história musical. E mesmo toda essa dificuldade, com a qual a maior de todas as nossas escolas convive, sua qualidade não para de ser atestada pelo mundo afora. Ela convence. Mesmo que seja do aeroporto pra fora.
E convence ainda mais quando se ouve uma banda (isso mesmo, uma banda!) de MPB, composta por 7 integrantes e vinda do interior paulista trazendo toda a essência da nossa música misturada com a energia que as boas bandas de rock trazem pra seus shows. Swing, samba, black, soul, rock, maracatu, baião. Chame como quiser. Eu só posso chamar de MPB.
O Vambora é ao mesmo tempo João Gilberto, Adoniram Barbosa, Jorge Ben Jor e Cazuza. O septeto traz consigo toda uma influência que começa na bossa-nova, mas que sob o palco se transforma em batucada, o que confere à eles o rótulo de “samba-rock†pela maioria de seus fãs.
O refinamento do som, garantido pelo trio de metais, mistura saudosismo e vanguarda à cozinha, sempre temperada com o ritmo das percussões. O comandante é Betinho Padrenosso, voz e guitarra, e uma das maiores referências musicais do cenário interiorano em que cresceu. LÃder dentro e fora do palco, é também um dos idealizadores de um selo musical voltado ao desenvolvimento e profissionalização da música no interior paulista. Como se não bastasse é uma espécie de mentor da surpreendente Vambora, atuando praticamente em todos os detalhes (composição, arranjos, produção e gravação) deste primeiro trabalho solo da banda que acaba de vir à tona neste final de 2005.
O single de estréia apresenta 4 faixas que sintetizam toda a descrição supra-citada. “Trabalho, Dinheiro e Amorâ€, “Só†e duas versões para o já sucesso “Manga Rosaâ€, gravada originalmente no inÃcio dos anos 90 pelo Estado de Shock, antiga banda de Padrenosso, e regravada por inúmeras bandas do paÃs.
Mais do que o som do Brasil, o Vambora faz de sua arte, um instrumento de alÃvio imediato para os mais descrentes crÃticos da nova MPB.