"Reviram-se e inúteis se revelam, os olhos. Cascatas de imagens de mercúrio impossÃveis de reter. Tudo é plausÃvel e o lógico absurdo. Envelhecido por uma idade sem tempo, letargicamente sedento de vinho e vida. Penso, logo existo, logo esqueço, logo morro.
O presente não existe e os jovens sonhos e velhos planos projectam-se simultaneamente contra as paredes negras, recém-construÃdas ou por erigir, do quarto da tua cabeça. Sono de sonho, embriaguez de morte; Sonho de morte, embriaguez de sono. Embriaguez de sonho, sono de morte…"
Korsakoff... uma doença mental que provoca perda de memória. O doente esquece completamente os seus próprios eventos biográficos e, sem ser capaz de construÃ-los novamente, é forçado a viver como um indÃviduo sem recordação alguma do seu passado, sem história de vida, sem identidade.
Similarmente, o som dos Korsakoff vagueia entre a melancolia e a agressividade, passando pela incerteza das memórias musicais, entre o mundo sonhado e o vivido.