profile picture

117690182

About Me

Nasci em Lisboa, em 19 de Maio de 1890; suicidei-me em Paris, em 26 de Abril de 1916. Minha mãe, Águeda Maria de Sousa Peres Murinelo, morreu tinha eu 2 anos, meu pai Carlos Augusto de Sá Carneiro, sem tempo para cuidar de mim devido à sua vida militar, deixou-me entregue aos meus avós numa quinta em Camarate,aí passei a minha infância, rodeado de mimos e atenções, por vezes meu pai leva-me com ele nas suas viagens pela Europa, talvez por essa razão tenha ganho a paixão por Paris e pela vida boémia, mas ao mesmo tempo, sempre muito mimado, atrasei-me na minha instrução e não tinha noção do que era a vida real. Em 1904, deixo a quinta de Camarate e instalo-me na Calçada do Carmo, para fequentar o Liceu do Carmo, aí conheço alguns dos meus companheiros das letras e das artes, tais como António Ferro e Augusto Cunha. Foi tambem aí que me apercebi das dificuldades da vida, tendo sido sempre super protegido, tenho dificuldades na vida social devido à minha timidez e físico obeso e mostro uma grande tendência para o onanismo, como mostro nas minhas novelas "Rei-Lua"; "Esfinge Gorda". Apesar dessas dificuldades, foi no liceu, onde em conjunto com outros companheiros, entre eles Tomás Cabreira Júnior e Milton de Aguiar, onde nasceu a primeira paixão literária, o "Teatro".Em 1905, escrevo uma peça em um acto, "O Vencido" e em 1907 e 1908, faço duas experiências como actor. O jeito não era muito então desisti da carreira de actor. Por esta altura fundo um jornal estudantil, antecessor experimental do "Orpheu". Em 1909, escrevo o que é considerado o meu primeiro poema e em 1910, o meu primeiro trabalho de vulto. Uma peça de teatro, escrita em conjunto com o meu grande amigo "Tomás Cabreira Júnior". Infelizmente, na manhã de 9 de Janeiro de 1911, no pátio do liceu, Tomás suicida-se na frente de todos nós com um tiro na cabeça. Suicídio esse que nunca esquecerei e talvez também causa para o meu próprio anos mais tarde. No ano de 1911, termino o liceu e entro para direito na universidade de Coimbra, mas onde nem se quer termino o primeiro ano. A partir de 1912, começa verdadeiramente a minha vida literária, vida essa curta mas vertiginosa e instável, passada entre Lisboa e Paris. Entre 1912 a 1916, escrevo e publico a peça "Amizade", as novelas de "Princípio, os poemas de "Dispersão", a narrativa "A Confissão de Lúcio" e os contos de "Céu em Fogo", paralelamente lanço em companhia de "Pessoa", "Almada" e outros a revista "Orpheu", que viria a revolucionar as letras e o pensamento cultural e artístico Português, sendo o primeiro marco do "modernismo" em Portugal. Infelizmente, o "Orpheu" tem vida curta, apenas são publicados dois números e um terceiro fica incompleto. Em 1913 vou para Paris e inicio uma longa troca de correspondencia com Fernando Pessoa, que era meu grande amigo, conselheiro e até uma espécie de procurador, visto ser ele que pedia dinheiro ao meu pai para me enviar sempre que precisava. É durante esse periodo em Paris que eu escrevo a maioria das minhas obras. Mas em 1914, com o avançar da 1ª guerra mundial, retorno a Lisboa, onde me integro juntamente com Pessoa, Almada, Montalvor, Ferro e outros num grupo chamado "O Primeiro Modernismo", participo tambem na revista "Águia" de Teixeira de Pascoaes e da "Renascença Portuguesa", mas abandono-a devido a conflitos entre o "modernismo" e a "Renascença". Em junho de 1915 volto a Paris para nunca mais voltar. Esse meu periodo em Paris, foi o mais conturbado, meu pai que entretanto voltara a casar, não me pode enviar mais dinheiro. Dinheiro esse que eu gastava numa vida de boémia e cafés, além disso apaixono-me por uma rapariga que conheço algures em Paris, rapariga essa habituada a luxos e presentes e que eu agora sem dinheiro não consigo sustentar. Com o acumular de todas essas situações, vou-me abatendo, entrando em desespero até que, numa carta enviada a Pessoa informo que me decidi a acabar com a minha vida Sendo assim, no dia 26 de Abril de 1916, suicido-me, com estricnina, pondo fim aos meus tormentos e paixões. I edited my profile with Thomas' Myspace Editor V4.4body, div, p, strong, td, .text, .blacktext10, .blacktext12, a.searchlinkSmall, a.searchlinkSmall:link, a.searchlinkSmall:visited{ color:rgb(0,0,0); font-weight:normal; font-style:normal; text-decoration:none; text-transform:none; } a I edited my profile with Thomas' Myspace Editor V4.4I edited my profile with Thomas' Myspace Editor V4.4

My Interests

I'd like to meet:

Todos os que como eu gostem de ler, escrever, ou simplesmente andem por aí a apreciar as coisas boas da vida...

My Blog

"Daniel Faria"

"Eu peneiro o espírito e crivo o ritmo  Do sangue no amor, o movimento para fora  O desabrigo completo. Peneiro os múltiplos  Sentidos da palavra que sopra a sua voz  Nos pulsos. C...
Posted by on Sun, 19 Nov 2006 05:28:00 GMT

"Aqueloutro"

"O dúbio mascarado o mentiroso Afinal, que passou na vida incógnito. O Rei - lua postiço, o falso atónito; Bem no fundo o covarde rigoroso. Em vez de Pajem, bobo presunçoso. Sua alma de neve asco dum...
Posted by on Fri, 10 Nov 2006 16:26:00 GMT

"FIM"

"Quando eu morrer batam em latas, Rompam aos saltos e aos pinotes, Façam estalar no ar chicotes, Chamem palhaços e acrobatas! Que o meu caixão vá sobre um burro Ajaezado à andaluza... A um morto nada...
Posted by on Sun, 05 Nov 2006 16:29:00 GMT

"DISPERSÃO"

"Perdi-me dentro de mim Porque eu era labirinto, E hoje, quando me sinto, É com saudades de mim. Passei pela minha vida Um astro doido a sonhar. Na ânsia de ultrapassar, Nem dei pela minha vida... P...
Posted by on Sat, 28 Oct 2006 13:52:00 GMT