Myspace Layouts - Myspace Editor - Image Hosting
Just guess what starts a new CD with the following lyrics: "Abre a janela da favela/Você vai ver a beleza que tem por dentro dela/Não quero dizer que lá não existe tristeza/Não quero dizer que lá não existe pobreza/ Porque favela sem miséria não é favela"?(In English: Open the slum window! You’ll see the beauty inside of it! I don’t mean there is no sadness! I don’t man there is no poverty! Cause slums without misery are not slums!â€)
Slums, misery, poverty... We are speaking of a samba group, right? … Let’s see, slums, misery, poverty... We are speaking of a reggae band, right?
If you listen carefully, it’s not only one, it’s not only the other; maybe both. At last, ladies and gentlemen, we are floating to the sound of Ponto de EquilÃbrio, a “carioca†reggae band, born and raised in Vila Isabel. That’s why the song “Abre a Janela†is the best visiting card to its second work, the “Abre a Janela†album. Lull-a-bying the beautiful lyrics from the greatly missed composer Gracia do Salgueiro, the unmatchable Jamaican beat garnishes Hélio Bentes’ unique voice. In addition, it brings dub adornments and a subtle beat at the end of it. A detail: Gracia, the author of the hit “1800 colinas†was Marcelo Campos’ father, the band percussionist, playing the drums in that track. You open the slums’ window and find all of this, well balanced, in a perfect circle.
Produced by the expert Chico Neves, “Abre a Janela†has another merit, besides once more dissipating esthetical barriers between samba and reggae. The album doesn’t let drop the ball raised by “Reggae a vida com amor†the beautiful Ponto de EquilÃbrio debut, primarily launched as an independent work, 2004, and then distributed by Deckdisc. There, it was already notable the band cohesion as well as its spiritual determination.
Formed around the turning point from 1999 to 2000, after some meetings at Sana region – notorious hippie refuge at Rio de Janeiro rural zone – Ponto de EquilÃbrio identity, justifying its name, was taken from some place in between the sixties feelings of “peace and love†and the psychedelic idealism of the Jamaican rastas, enchanting the world since the 70’s. In the cross line of these pieces of History, there is Ponto.
In the first CD – having sold more than 50 thousand copies and with the counting still going on – there already had the reggae-samba connection. It was reflected in the samba enredo "Kizomba, a festa da raça", which gave to the Escola de Samba Vila Isabel, in the 1988 parade, the title of Champion, and that softly emerged at the end of “Rastafará†song. This time, the mixing appears in “Janela da Favelaâ€. But this is not the end of the story.
Concluded in only one month of recordings, masterly conducted by Chico Neves (who has already worked with Skank, Rappa and Lenine among others), actually, "Abre a janela", is the fruit of months of rehearsals and experiments during the tours, imprinting the band in the audience’s imaginary. The songs major part is inedited, born during those rehearsals (as “Verdadeiro Valorâ€); but some of them, asâ€Lágrimas de Jahâ€, are reminders of the group formation, with new garment and beat.
Among the invited ones, say present Marcelo Bernardes (Chico Buarque), CecÃlia Spyer (Roberto Carlos, Gilberto Gil, Marina Lima) and Marlon Sette (Nando Reis, Marcelinho da Lua). But the one that can state to be always present is V100T rapper, from the collective Máfia da Caneta, showing the power of his rhymes in “O Inimigoâ€, to then return to his place and show the power of his arms as the band roadie, which he performs for more than a year. V100T is a good example of what equilibrium is. Better saying, Ponto de EquilÃbrio (from the English Equilibrium Point).
Carlos Albuquerque
“Abre a janelaâ€
O que é, o que é, que abre o seu novo disco com a seguinte letra: "Abre a janela da favela/Você vai ver a beleza que tem por dentro dela/Não quero dizer que lá não existe tristeza/Não quero dizer que lá não existe pobreza/Porque favela sem miséria não é favela"?
Favela, miséria, pobreza...Estamos falando de um grupo de samba, certo? Pensando bem, favela, miséria, pobreza...Estamos falando de uma banda de reggae, certo?
Ouvindo bem, nem só um, nem só outro; talvez, os dois. Afinal, senhoras e senhores, estamos flutuando ao som do Ponto de EquilÃbrio, banda carioca de reggae, nascida e criada em Vila Isabel. Por isso, a música "Janela da favela" é o melhor cartão de visitas para o seu segundo trabalho, o disco "Abre a janela". Embalando a bela letra do saudoso compositor Gracia do Salgueiro, a inconfundÃvel batida jamaicana adorna a voz única de Hélio Bentes. De quebra, tem adereços dub e uma sutil batucada no final. Detalhe: Gracia, autor do hit "1800 colinas", era pai de Marcelo Campos, percussionista da banda, que toca bateria nessa faixa. Você abre a janela e encontra tudo assim, bem redondo, bem equilibrado.
Produzido pelo craque Chico Neves, "Abre a janela" tem um outro mérito, além de, mais uma vez, dissipar barreiras estéticas entre o reggae e o samba. O disco não deixa cair a bola levantada por "Reggae a vida com amor", o belo début do Ponto de EquilÃbrio, lançado inicialmente de forma independente em 2004 e depois distribuÃdo pela Deckdisc. Nele, já era notável a coesão da banda e também a sua firmeza espiritual.
Formado na virada de 1999/2000, após alguns encontros na região do Sana, notório refúgio hippie no interior do Rio, o Ponto de EquilÃbrio, fazendo jus ao nome, tem sua identidade tirada de algum lugar entre o clima sessentista de "paz e amor" e o idealismo psicodélico dos rastas jamaicanos, que hipnotizaram o mundo a partir dos anos 70. No cruzamento dessa história, lá está o Ponto.
No primeiro disco, que vendeu mais de 50 mil cópias e ainda contando, já havia a conexão reggae-samba. Ela vinha refletida no samba-enredo "Kizomba, a festa da raça", que deu o tÃtulo de campeã à Vila Isabel no desfile de 1988, e que surgia, suavemente, no final da música "Rastafará". Dessa vez, a mistura surgiu na "Janela da favela". Mas esse não é o ponto final da história.
ConcluÃdo em apenas um mês de gravações, conduzidas com maestria por Chico Neves (que já trabalhou com Skank, Rappa e Lenine, entre outros), "Abre a janela", na verdade, é o fruto de meses de ensaios, além de experimentações ao longo das turnês que têm colado a banda no imaginário público. A maior parte das músicas é inédita, nascidas durante esses ensaios (como "Verdadeiro valor"), mas algumas, como "Lágrimas de Jah", são lembranças do começo do grupo, que ganharam roupa e uma batida nova.
Entre os convidados, dizem presente Marcelo Bernardes (Chico Buarque), CecÃlia Spyer (Roberto Carlos, Gilberto Gil, Marina Lima) e Marlon Sette (Nando Reis, Marcelinho da Lua). Mas quem pode dizer que está sempre presente é o rapper V100T, do coletivo Máfia da Caneta, que mostra a força das suas rimas em "O inimigo", para depois retornar ao seu posto e mostrar a força dos seus braços como roadie da banda, cargo que exerce há mais de um ano. V100T é um bom exemplo do que é equilÃbrio. Ou melhor, Ponto de EquilÃbrio.
Carlos Albuquerque Abril/2007
Ponto de EquilÃbrio - Histórico
Surgida em 1999, em Vila Isabel, zona norte carioca, a banda Ponto de EquilÃbrio nasceu da união de oito músicos com personalidades distintas, mas fundamentadas no autêntico reggae roots. O grupo é formado por Helio Bentes (vocalista), Pedro Pedrada (baixo), Márcio Sampaio (guitarra base), Tiago Caetano (teclados), Rodrigo Fontenele (percussão), Marcelo Campos (percussão), Lucas Kastrup (bateria) e Ras André (guitarra solo).
Ponto de EquilÃbrio se tornou uma das principais referências do reggae no Brasil ao resgatar suas raÃzes e utilizar a música como resistência sócio-cultural. As letras, compostas pelos próprios integrantes, transmitem mensagens de igualdade, amor e justiça, de acordo com a filosofia rastafari. Além disso, o som conta com influências de dub e samba e de outros ritmos como a capoeira de Angola, o maculelê, a salsa e o maracatu.
O próprio nome da banda resume o objetivo dos músicos: o equilÃbrio entre o céu e a terra, o positivo e o negativo, o bem e o mal. “Esse é o ponto que todos nós buscamos e para onde todos retornaremos, quando for terminada nossa missão nessa vidaâ€, explicam os músicos.
Em 2004, a banda lançou o álbum “Reggae a Vida com Amorâ€. As músicas “Aonde vai chegar? (Coisa Feia)â€, “Ãrvore de reggae†e “Ponto de EquilÃbrioâ€, agradaram em cheio os amantes do reggae e divulgaram a banda em todo o Brasil. Resultado: o primeiro CD do octeto foi um dos lançamentos independentes de maior vendagem no paÃs, com mais de 50 mil cópias vendidas, rendendo um Disco de Ouro.
Mesmo sem tocar em rádios ou ter gravadora, a cada show o Ponto de EquilÃbrio conquista um público maior e mais fiel. Eles tocam com freqüência nas capitais do paÃs e lotam as casas por onde passam. Algumas apresentações já chegaram a reunir 30.000 pessoas, como em Salvador e Fortaleza. No Orkut, existem mais de 80 comunidades dedicadas a eles, sendo que a maior delas reúne mais de 135 mil pessoas.
No inÃcio de maio, o Ponto de EquilÃbrio lança o CD “Abre a Janelaâ€, que marca a estréia do selo da banda, Kilimanjaro. A produção do disco é assinada por Chico Neves e o repertório traz dez canções inéditas e duas regravações: “Soul Rebel†(Bob Marley) e “Janela da Favela†(Gracia do Salgueiro). No mesmo mês, a banda dá largada a uma turnê que passará por 17 cidades brasileiras, incluindo São Paulo, Rio de Janeiro, BrasÃlia, Porto Alegre, Fortaleza, Salvador e Recife.
..