Music Interview newsletter #1, June '08 (free download)
SELECTED RECORDINGS FEATURING DICO FOR FREE DOWNLOAD:
Dinosaur (demo-tape, 1991) + demo cover + photos + related press articles (in Portuguese)Live in Moscavide (live bootleg, 1991) + photoAccident (promo-track, 1992)Rehearsal 1992 + photos + info (songs 14 to 16 are bonus tracks recorded in a 1991 rehearsal)TIMELESS
Timeless (demo-tape, 1993) + promo photos + related press articlesPOWERSOURCE
Promo-tape '94 (promo-tape, 1994) + demo cover + promo photos + related press articles (in Portuguese)DICO (as a solo artist)
Tales From the Darkside (demo-CD, 1999) + demo cover + lots of promo photosSELECTED VIDEOCLIPS Dinosaur
Life is For the LivingNoise on Peace + WarfareWarfare (tema ao vivo. O ficheiro inclui mais duas bandas)Biography
Nascido em 1970, Dico é fã de música desde os 7 anos. Aos 11 ouve o então recém-editado The Number of the Beast, dos Iron Maiden, apaixonando-se irreversivelmente pela música pesada. Aos 12 anos escreve as primeiras letras e aos 15 frequenta aulas de bateria, que deixa no fim do ano mas às quais regressa em 1988, após adquirir o primeiro kit, de marca Superstar (!) com pratos Paiste.
A carreira musicalEm Novembro de 1988 funda os PARANÓIA com o amigo de infância Dave “Mille†(guitarra, voz). No ano seguinte são gravadas as rehersal-tapes Paranóia e Manicómio, com base no improviso. Apenas a promo-track «Thrash!», inédita até 2007, é registada de forma convencional, no estúdio caseiro de Dave "Mille", mas ainda assim baseada no improviso. Em ambas as versões do tema Dico encarrega-se das vozes.Sem que o fim do projecto seja oficializado, o vocalista/guitarrista cria o projecto a solo Dave Mille’s Hardcore/Noise Project e, em Abril de 1990, Dico ingressa nos DINOSAUR . O baterista estreia-se ao vivo com a banda no mês seguinte mas intransponÃveis dificuldades levam o então quinteto a separar-se em Junho. Jorge Courela (guitarra) e Dico, por um lado; e Tó (voz), Mika (guitarra) e Rolando (baixo), por outro, formam novos projectos mas, insatisfeitos com os resultados obtidos, re-formam os Dinosaur em Outubro. No inÃcio de 1991 a banda grava a maqueta de estreia, homónima, durante cujas gravações Tó abandona, passando Jorge Courela a assumir a voz e a guitarra. A banda imprime então mais peso e agressividade à sua música, evidenciando inequivocamente as influências dos Metallica, sua principal fonte de inspiração. É com os temas «Warfare», «Noise On Peace» e «Life is For The Living», disponÃveis na maqueta, que a banda participa no 1.º Concurso de Música Moderna da Câmara Municipal de Lisboa, um certame que, pelo seu imediatismo e importância, rapidamente faz história.Frente a duas mil pessoas, os Dinosaur disputam com outros nove grupos as semi-finais do concurso, a 5 de Junho, no Cais do Sodré. A invasão de palco nos primeiros 30 segundos do concerto por fãs enlouquecidos faz exceder o perÃodo regulamentar de actuação (30 minutos), motivando a desclassificação do quarteto. Após a transmissão de «Warfare», ao vivo no Johnny Guitar, no programa musical “Pop-Offâ€, da RTP 2, a banda grava os videoclips dos três temas apresentados a concurso, além de uma entrevista com Jorge Courela, exibidos em destaque no programa "Clip-Club", do mesmo canal televisivo. Os Dinosaur tornam-se um caso Ãmpar de popularidade no Metal Underground nacional, já que, na época, apenas os Censurados, Procyon, Ibéria e Tarantula haviam gravado telediscos. Multiplicam-se os espectáculos (destaca-se a primeira parte dos Censurados no Clube Recreativo da Bobadela, a 28 de Junho de 1991) e as aparições na imprensa ("Rock Power", "Super Som", "Blitz", "A Capital", "Diário Popular", "Ritual", dezenas de fanzines) e na rádio (programa “Lança Chamasâ€, da Rádio Comercial, e estações locais de todo o paÃs). Além dos temas passados a teledisco, «Mercenary» (também incluÃdo na demo-tape), «Surf Busters», «Nuclear Sound», «Accident», «Anarchy in the U.K.» (cover dos Megadeth sobre o original dos Sex Pistols) e o instrumental «Song of Sadness» tornam-se clássicos do Metal nacional.Na altura, o quarteto já havia completado a quase totalidade das canções visando a gravação da segunda demo, que chega a designar-se Seven Songs of Sadness e deveria incluir os temas «Accident», «Conspiracy» «Giants: Awake», «Song of Sadness», «(I Don't Know) What i Want», «Too Old to Die» e um outro, ainda sem nome. Em Outubro Dico (que entretanto havia começado a leccionar bateria) é submetido a uma cirurgia a ambos os joelhos, obrigando a banda à inacção durante um mês. Terminada a convalescença, e na sequência de um convite para integrar a lendária colectânea em vinil duplo The Birth of a Tragedy, com selo MTM Records, o quarteto grava «Accident». Contudo, em Março de 1992 Dico oferece o lugar a Paulo Alexandre, abortando os planos de gravação de Seven Songs of Sadness. Em Outubro de 1992 a compilação é lançada, mas na foto de grupo é Paulo Alexandre quem aparece, embora a pista de bateria seja aquela gravada por Dico. Entretanto, já o baterista acompanha os Estalada Total, com os quais se mantém apenas dois meses, por inadaptação de ambas as partes. Funda então os Orion Belt (primeira encarnação do que viriam a ser os Powersource) com o amigo e guitarrista Rui Lourenço. Na época, adquire um pedal duplo Pearl. Apesar dos originais compostos e da cover de «Mad Butcher» (dos Destruction) ensaiada, o projecto não logra completar o line-up, diluindo-se na sequência do convite dos SACRED SIN , em Agosto de 1992, para que o baterista ingresse na banda. Entretanto, o homem das peles ocupa o décimo lugar na votação dos leitores da revista “Rock Power†para escolher os dez melhores bateristas nacionais de Metal em 1991. Dico participa então nalguns concertos da digressão Tragedy on the Road e noutros antes de, em Outubro, gravar o álbum Darkside, ao longo de 19 horas consecutivas num kit electrónico de má qualidade, ao qual tem de se adaptar enquanto ensaia os temas. Lançado em meados de 1993 o disco é bem acolhido pela crÃtica europeia - recebe avaliações de 5/5 na "Super Som", 8,5/10 na "Aardshockdag", 3/5 na "Heavy Rock" e 7,5/10 na "Rock Hard", por exemplo -, catapultando os Sacred Sin para o topo do Death Metal europeu. Seguem-se novos espectáculos em terras lusas mas, encontrando-se a viver um perÃodo conturbado da sua vida pessoal que o impede de proporcionar à banda a estabilidade merecida, Dico abandona amigavelmente em Junho de 1993. Antes ainda é transmitido um excerto de «Terror Rise» (ao vivo no Johnny Guitar) no programa "Pop-Off", da RTP2. Dico ocupa o oitavo lugar na votação dos melhores bateristas nacionais de Metal da revista "Super Som" relativo a 1992. O tema-tÃtulo do álbum dá então origem ao respectivo teledisco (já com Jorge Marques, ex-Silent Scream, nas peles), tornando-se o primeiro de uma banda ou artista nacional a ser emitido pela MTV (no programa "Headbanger's Ball"). Em 1994 Darkside conhece nova edição, devidamente remisturado e com artwork melhorado. Entretanto, no Verão de 1993 Dico ingressa nos TIMELESS (ex-Fretboard), à época executantes de Hard FM. Em Janeiro de 1994 a banda grava a maqueta de estreia, homónima, que inclui os temas «Fame & Glory», «I Am the One», «With You» e «Dare 2 Dream». Alvo de significativo airplay, os temas passam nas rádios Energia, Super FM, Marginal, RC da Linha de Sintra e noutras fora de Lisboa. São ainda publicados artigos no "Blitz", "Super Som" e em várias fanzines. Dico ainda se estreia ao vivo com o grupo em Junho de 1994 num concurso de bandas em Lisboa, mas abandona meses depois. Na época, a par dos Timeless, o baterista acumula funções nos POWERSOURCE , que funda, desta vez com sucesso, em Dezembro de 1993. O guitarrista/vocalista Ricardo “Choc†(Moby Dick, ex-Eutanásia) junta-se de imediato à banda, seguido, em Janeiro de 1994, por Sérgio “Tareco†(guitarra solo), substituÃdo por VÃtor “Vitinho†dois meses depois. Nesse mês, Dico adquire uma bateria Mapex com dois bombos e muda a sua preferência de pratos para a marca Zildjian (adquire, inclusive, um prato chinês da série Z).Em Abril de 1994, ainda sem baixista, o grupo regista os temas «My Inner Fears» e «At the Front», com produção de Jorge Adónis (que já havia trabalhado com Dico na produção de Darkside)e editados sob a forma da Promo-tape‘94. Ricardo “Choc†assegura a gravação do baixo e Dico regista os teclados.Seguidamente, verifica-se o normal processo de divulgação, acolhendo a banda o aplauso do público e da imprensa especializada. Junho fica marcado pela entrada do baixista Gonçalo Gandra e pelo inÃcio do processo de composição da segunda demo-tape. Dico ocupa o sétimo lugar na votação dos melhores bateristas nacionais de Metal da revista "Super Som" relativo a 1993. Agora situando-se num cruzamento sonoro entre o Thrash Metal clássico dos Metallica, Megadeth ou Destruction; o Metal Progressivo dos Dream Theater e o Thrash técnico dos Mekong Delta e Target, a sonoridade do colectivo denotava uma evolução significativa no que respeita à composição e execução.Mas, em Janeiro de 1995, após "Vitinho" e "Choc" abandonarem, o baterista decreta o fim da banda. Vende então o material ao baterista dos My Iced Beloved e abandona a música. No decorrer desse ano ainda recebe um convite dos Sacred Sin para regressar ao grupo e gravar o segundo álbum, Eye M God, mas declina em função dos compromissos académicos e profissionais.Nos anos seguintes explora as potencialidades oferecidas pelos programas informáticos para composição, gravação e mistura de música, escrevendo os cinco temas experimentais incluÃdos na maqueta semi-conceptual A SOLO Tales From the Darkside, lançada em Abril de 1999.Agrupando influências de música clássica avant-garde, bandas sonoras de cinema fantástico, música medieval e experimental sem regras pré-definidas, a maqueta recebe más crÃticas no jornal "Raio-X" e na revista "Riff" (na qual o baterista tornado jornalista vem a colaborar no inÃcio de 2000).Já em 2007 participa com os temas «Mercenary» e «My Inner Fears» (dos Dinosaur e Powersource, respectivamente) na compilação online 80 de Rock.Outros links:
Paranóia (Metal Archives)Dinosaur (Metal Archives)Sacred Sin (Metal Archives)Timeless (Metal Archives)Powersource (Metal Archives)O JORNALISMO MUSICAL
Nos anos seguintes Dico colabora também nos sites “123Som.com†e “MetalOpenMind†e nas revistas “Massacre!â€, “Blast!†e “Metal Heart†(tendo co-escrito o livro de estilo das duas últimas).Funda os blogues “Metal Incandescenteâ€, “A a Z do Metal Português†(ambos alvo de significativa exposição mediática, por via de notÃcias publicadas em grandes órgãos de informação nacionais), “Reflexões Musicais†e “Arte sem Fronteirasâ€. Em Maio de 2005 integra o júri do concurso Rock ao Rubro II, no Rock House Café, e em Outubro desse ano participa numa reportagem sobre o Metal em Portugal, no programa “Pop Upâ€, da RTP2.No final de 2006, após ter encerrado os blogues “Metal Incandescente†e “A a Z do Metal Português†(que deixariam uma marca indelével no jornalismo e crÃtica de música em Portugal no que respeita aos sons pesados), Dico vê-se obrigado a abandonar o jornalismo. No entanto, amtém colaborações em vários blogues, para os quais escreve artigos de opinião sobre músicaCLIPS DE VÃDEO
Reportagem da RTP2 sobre Metal nacional - 1ª parte Reportagem da RTP2 sobre Metal nacional - 2ª parteOutros links:
Metal Incandescente A a Z do Metal Português Reflexões Musicais Memórias Musicais