..Auto-descrição é o instinto de escrever sobre algo, sem grande motivo, soltando vocábulos soltos que definem um abstracto global definido por si mesmo na sua medida inconstante de se ser algo, logo, tendo prazer em defini-lo.
.
Definindo, a informação sobre mim que possa ser descrita é resumida ao acto de verem o que vos conto, seja isso escrito ou gráfico, logo, a mensagem é trespassada numa encriptação que varia de ponto a ponto, sendo que ponto a ponto vos mostro de formas diferentes a minha projecção interior.
.
Depreendam-se então qualidades e defeitos, actos e ambições, raivas e plenitudes plenas em serem plenas de pacifismo. Raivas eu vos conto como instinto directo de criação, puro e cru é o que nasce a cada Ãmpeto de vontade de soltar palavras com significado que signifiquem algo para todos, logo, que assim instaurem uma verdadeira semente de revolução. Auto-descrevendo-me, descrevi-me.
.
Descrevi-me afirmando orações que fluÃdamente se soltaram ad minha essência, porque exactamente isso é o que essencialmente me forma: anotações constantes de fluidez que compreendo espásmicamente explodindo em todos os sentidos e direcções como que se a vida que me alimenta se tornasse letras e que assim procurasse “viver tudo de todas as maneiras†experimentando o máximo dentro do que me condiciona neste mundo: barreiras fÃsicas e alguns laços afectivos.
.
Assim, perdido em mim e em que me torno, sou eu que me escrevo e defino..
.
.
.
.
.
.