InÃcio de 2005. Com um CD na mão, de canções gravadas somente em voz e violão, um cantor procura outros músicos para montar uma banda. A principal exigência: gostar de todo tipo de música e não ter medo de inovar. O artista era Cristiano Jangadeiro e a idéia, falar da cultura caiçara e do dia-a-dia do morador do litoral, onde crescera o músico.
Assim, nascia o grupo Jangadeiro e Os Caiçaras. Além de Cristiano, na voz e no violão, e do baixista Rodrigo Xuxa – que ajudou o vocalista a idealizar a banda - , faziam parte do grupo os percussionistas Alemão e Leandro Souto. Algumas semanas depois, entre idas e vindas, e a saÃda de Alemão e Leandro, chegam à banda o guitarrista Régis Corsino e o baterista Danilo Almeida. Até o final daquele ano, os quatro músicos se dedicavam a ensaiar o repertório do CD "Nesse barco a navegar".
Em janeiro de 2006, começam os primeiros shows, que contavam com as participações especiais dos percussionistas Júnior e Maicon. Enquanto o público vai se acostumando ao som diferente do habitual, a banda vai se entrosando e ficando mais à vontade no palco.
Com a ajuda dos amigos e da Internet, a banda começa a ficar conhecida. Em junho, os músicos recebem um convite para se apresentar em Osasco, região da Grande São Paulo. É o inÃcio das viagens do grupo.
Na mesma época, Cristiano vai a São Paulo e visita regiões da cidade onde a música alternativa faz sucesso. Surpreso com o profissionalismo das bandas que se apresentam e do espaço que elas têm na noite paulistana, o vocalista começa a pensar em mudar o estilo do grupo. Enquanto o cantor amadurece a idéia, o grupo se inscreve em um festival de música regional, o Canta Guarujá e consegue dois prêmios: melhor letra e melhor música - o principal do festival.
InÃcio de 2007. O grupo chega à conclusão de que era hora de mudar. Ainda fazendo shows para
divulgar o primeiro CD, a banda decide trocar de estilo. Afinal, era possÃvel fazer algo maior, que não falasse somente da vida do caiçara, mas da vida de todas as pessoas, moradoras da cidade ou do campo.
Viu-se que era possÃvel falar para todos e de tudo. Falar de guerra e de paz. De amor e de dor. Do que é certo e do que é incerteza. O estilo: MPB com Rock. Uma mistura difÃcil de explicar, mas simples de entender. Algo que valoriza o instrumental e mostra que letra e melodia são uma coisa só. Ambas se completam.
Ainda no primeiro semestre, após o último show de “Nesse barco a navegarâ€, o guitarrista Régis Corsino deixa a banda para se dedicar a outros projetos. Entra Júlio César, com sua experiência em grupos de funk-soul e a fixação pelos efeitos de guitarra. Era o que a banda precisava para marcar de vez a nova fase.
O grupo ganha novo nome: Aerofônicos. A explicação: aerofônico é todo instrumento que precisa do sopro do ar para funcionar, como flauta ou trompete. Ou como Cristiano gosta de dizer: "a voz é o principal instrumento aerofônico".
O perÃodo é de intensa criação. Cristiano, autor de todas as letras do novo CD, já tem as músicas prontas. Começam os ensaios. O novo disco vai se desenhando. Músicas bem diferentes umas das outras, mas com uma idéia central que se mantém: inovação.
Final de 2007. O resultado de meses de idéias, planejamento e mudanças está no forno. O CD de 'estréia' da banda está quase pronto. O nome não poderia ser mais sugestivo: "Metamorfose em evolução variável". Porque o sentido é realmente este: nada é definitivo. Assim como na vida, a música é algo que está sempre mudando. E o importante é não se fechar para as novas idéias.
Marcos Barbosa - jornalista
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